sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O fim passional

Era noite fria, a lua era ausente, as trevas reinavam sobre o local escolhido, um cemitério. Na época tinha quinze anos e amava ir ao cemitério, encontrar a turma, beber, fumar e assistir à conquista dos meus amigos. Para eles a 'mulher perfeita' era a defunta, pois, não resistia aos encantos impostos por eles.

Naquele dia não foi diferente, sai com a turma e curti mais uma aventura rotineira. Só que desta vez Ronald, o mais galanteador, apaixonou-se pela morena esguia que havia conquistado.

Ele conquistou-a e obteve-a, mas mal ele sabia que esta moça era diferente das outras. Na manhã seguinte, ele não se sentia bem, precisava ter a morena, o passional tomou conta dele, ele enlouqueceu a ponto de levá-la para sua própria casa.

Agora ele a possuía nos braços, mas era sempre monótona a relação, nunca variava, ele a queria mais próxima, mas como ressuscitar uma morta? Ainda não descobri, nem ele. Ronald era prático, sendo assim a solução veio de imediato: morte.

Às vezes lembro-me daquela cena: peito aberto com sete facadas, estirado no chão, perto da morena amada. Logo que volto da viagem dos meus pensamentos vejo que tudo não me importa mais, pois, um dia vai aparecer a minha morena e este dia será o meu fim e ai dormirei em paz.


Fernando Zonta.

4 comentários:

Thataziinha disse...

Eu acho que deveria ser feito um livro :) SHIUSHIUSHIUS

Gostei da história !

Beeijo

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Gostei muito da história!!!!Muito interessante!!!!Está escrevendo bem, hemmmm.....rsrsrsrsrs


Bjs

Unknown disse...

Muito interessante a história...

O desfecho é diferente e demonstra as verdadeiras características do romantismo do séc XXIII